OBS. (2024): após mudanças de visões, passei a opinar em outros veículos. Cliquem aqui. Grato!
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Vivid (Living Colour)
Por Fábio Cavalcanti
O que falar de uma banda de funk rock surgida no auge do "hard farofa" oitentista? Melhor: o que falar de uma banda formada apenas por integrantes negros - extremamente competentes, diga-se de passagem - nos Estados Unidos dos anos 80? A princípio, apenas duas palavras: Living Colour!
Mas, seriam os aspectos citados anteriormente os mais relevantes sobre a banda em questão? Claro que não! Na verdade, nada disso devia ser chocante, mesmo naquela época, visto que Corey Glover (vocal), Vernon Reid (guitarra), Muzz Skillings (baixo) e Will Calhoun (bateria) eram "apenas" quatro caras com aparente tesão pela vida e fome de boa música. O resultado disso é "Vivid" (1988), álbum de estréia do Living Colour.
O riff inicial da famosíssima "Cult of Personality" - hoje ressuscitada pelos jogos GTA San Andreas e Guitar Hero - arrepia na mesma hora, e à medida que a música ecoa nos alto falantes, é impossível não colocá-la automaticamente no patamar dos maiores clássicos do hard rock. Na sequência, a alegre "I Want to Know" adiciona farofa na medida certa ao som da banda.
Mas, é a partir de "Middle Man" que os grooves mais virtuosos e realmente dançantes tomam conta de "Vivid", levando o ouvinte a se levantar da cadeira, fazer "air guitar" à la Vernon Reid, e chacoalhar durante a execução das faixas seguintes: a alucinada e arrepiante "Desperate People", e a criativa "Open Letter (To a Landlord)", a qual traz um impecável desempenho vocal de Corey Glover em suas passagens mais lentas.
Hora de diminuir o ritmo? De jeito nenhum! "Funny Vibe" é funk até o talo, não tem medo de soar "menos rock", e ainda destaca bem o baixista Muzz Skillings. Já "Memories Can't Wait" retoma a sonoridade hard rock em um momento perfeito. E depois de muita dança, chega o momento mais tranquilo do álbum: a bela e serena balada "Broken Hearts", que não deve em nada às faixas mais agitadas do disco.
A pop "Glamour Boys" pode assustar os roqueiros mais ortodoxos, mas sintetiza da melhor forma possível o conteúdo da maioria das letras do álbum, ao unir acidez e ironia a melodias e arranjos alegres. E a contagiante "What's Your Favorite Color? (Theme Song)" soa mesmo como uma "música tema" para o Living Colour. E fechando o álbum, a veloz "Which Way to America?" traz o melhor do caos sonoro, especialmente por parte do baterista Will Calhoun.
É de se esperar que os primeiros álbuns de qualquer banda chamem mais atenção, mas fora isso, são raros os casos em que álbuns com sonoridade realmente dançante e "pra cima" recebem elogios envolvendo "maturidade" e "experiência musical". E tais palavras, vindas de qualquer crítico, podem se aplicar perfeitamente a "Vivid". Então: "what's your favorite color, baby? Living Colour!"
Nota: 10
Músicas:
1. Cult of Personality
2. I Want to Know
3. Middle Man
4. Desperate People
5. Open Letter (To a Landlord)
6. Funny Vibe
7. Memories Can't Wait
8. Broken Hearts
9. Glamour Boys
10. What's Your Favorite Color? (Theme Song)
11. Which Way to America?
Mas, seriam os aspectos citados anteriormente os mais relevantes sobre a banda em questão? Claro que não! Na verdade, nada disso devia ser chocante, mesmo naquela época, visto que Corey Glover (vocal), Vernon Reid (guitarra), Muzz Skillings (baixo) e Will Calhoun (bateria) eram "apenas" quatro caras com aparente tesão pela vida e fome de boa música. O resultado disso é "Vivid" (1988), álbum de estréia do Living Colour.
O riff inicial da famosíssima "Cult of Personality" - hoje ressuscitada pelos jogos GTA San Andreas e Guitar Hero - arrepia na mesma hora, e à medida que a música ecoa nos alto falantes, é impossível não colocá-la automaticamente no patamar dos maiores clássicos do hard rock. Na sequência, a alegre "I Want to Know" adiciona farofa na medida certa ao som da banda.
Mas, é a partir de "Middle Man" que os grooves mais virtuosos e realmente dançantes tomam conta de "Vivid", levando o ouvinte a se levantar da cadeira, fazer "air guitar" à la Vernon Reid, e chacoalhar durante a execução das faixas seguintes: a alucinada e arrepiante "Desperate People", e a criativa "Open Letter (To a Landlord)", a qual traz um impecável desempenho vocal de Corey Glover em suas passagens mais lentas.
Hora de diminuir o ritmo? De jeito nenhum! "Funny Vibe" é funk até o talo, não tem medo de soar "menos rock", e ainda destaca bem o baixista Muzz Skillings. Já "Memories Can't Wait" retoma a sonoridade hard rock em um momento perfeito. E depois de muita dança, chega o momento mais tranquilo do álbum: a bela e serena balada "Broken Hearts", que não deve em nada às faixas mais agitadas do disco.
A pop "Glamour Boys" pode assustar os roqueiros mais ortodoxos, mas sintetiza da melhor forma possível o conteúdo da maioria das letras do álbum, ao unir acidez e ironia a melodias e arranjos alegres. E a contagiante "What's Your Favorite Color? (Theme Song)" soa mesmo como uma "música tema" para o Living Colour. E fechando o álbum, a veloz "Which Way to America?" traz o melhor do caos sonoro, especialmente por parte do baterista Will Calhoun.
É de se esperar que os primeiros álbuns de qualquer banda chamem mais atenção, mas fora isso, são raros os casos em que álbuns com sonoridade realmente dançante e "pra cima" recebem elogios envolvendo "maturidade" e "experiência musical". E tais palavras, vindas de qualquer crítico, podem se aplicar perfeitamente a "Vivid". Então: "what's your favorite color, baby? Living Colour!"
Nota: 10
Músicas:
1. Cult of Personality
2. I Want to Know
3. Middle Man
4. Desperate People
5. Open Letter (To a Landlord)
6. Funny Vibe
7. Memories Can't Wait
8. Broken Hearts
9. Glamour Boys
10. What's Your Favorite Color? (Theme Song)
11. Which Way to America?
2 comentários:
Mano. blog irado,
li a maioria dos posts. conheço e gosto de new york dolls.
Não conheço essa banda de funk metal.
Mas pelo naipe, parece ser meio RHCP ou Jane's addiction.
Muito boa resenha.
Muito boa resenha, Fábio.Não conheço mas, quando puder, vou baixar pra ouvir!
O Blog será meu guia musical agora!
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