terça-feira, novembro 28, 2006

Toys In The Attic (Aerosmith)

OBS. (2024): após mudanças de visões, passei a opinar em outros veículos. Cliquem aqui. Grato!
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Toys In The Attic (Aerosmith)
Por Fábio Cavalcanti

Um clássico! Não está exatamente no meu Top 3 Álbuns do Aerosmith, mas é o que mais merece uma boa resenha, já que esse é um dos poucos discos da banda que trazem o elemento "caixinha de surpresas", em que cada música é bem diferente uma da outra. E esse ainda consegue ser um dos álbuns mais rock 'n' roll da banda. Prova de que ninguém precisa apelar para baladas em excesso para mostrar criatividade. De resto, dispensa comentários! Em um álbum assim, um faixa-a-faixa fala bem mais alto do que qualquer descrição geral. Então, vamos lá:

1. Toys In The Attic: rockão acelerado, pra abrir o álbum num clima de "quebra tudo". Apesar da aparente simplicidade da música, tem uma ótima letra, um tanto difícil de interpretar facilmente. Bem interessante também a maneira como a voz acompanha perfeitamente o som da guitarra durante o verso, preparando terreno para o refrão explosivo, o ponto alto da música, que traz um dos melhores riffs já feitos pelo Joe Perry. Dá vontade de sair gritando por aí: "Toys, toys, toys..."

2. Uncle Salty: Confesso que não acho conveniente essa faixa mais "light" vindo logo depois da "explosão dos brinquedos". Eu a colocaria mais para o final do álbum. Mas tudo bem. Até hoje, essa pode ser considerada uma das músicas mais loucas e criativas da banda, chegando a flertar com o rock alternativo. O ponto fraco fica por conta da extensão muito grande daquele refrão "parado". O verso é a melhor parte.

3. Adam's Apple: Voltando à agitação, essa faixa traz a essência da banda, mas com um toque melódico bem gostoso, sem nunca cair no melancólico ou sentimental. É bem voltado para o rock 'n' roll. Tudo na música é perfeito, tanto verso como refrão.

4. Walk This Way: Nasceu clássica! Qualquer comentário clichê de que essa música foi revolucionária, tanto para o Aero quanto para o mundo do rock, por fazer uma mistura de rock e funk, ainda está valendo! É o tipo de música que, por mais manjada que seja nos cds ao vivo, coletânias e bootlegs, você não consegue ficar parado ao som daquele riff maravilhoso. Como uma música assim poderia ter qualquer aspecto negativo? Simplesmente não tem! Então, sem mais comentários.

5. Big Ten Inch Record: Rock 'n' blues, perfeito para dançar. Música simples, direta, não muito pesada, mas extremamente alto astral, retrô "cinquentista" e vibrante. Faz você pensar: "bem que essa música poderia ser de autoria deles, e não um cover".

6. Sweet Emotion: Outro clássico de peso e riffs marcantes (tanto de guitarra como de baixo), e uma das músicas mais enigmáticas da banda. Segue uma estutura bem não-convencional (com refrão apenas instrumental e uma mudança radical no final), mas ainda assim fez bastante sucesso e poderia entrar facilmente em um Top 5 de músicas mais representativas para o Aerosmith. Impossível não ter grandes sensações nostálgicas ao ouvir essa música. Basta ouvir, e se sentir vivendo nos belíssimos anos 70 (mesmo que você nem tenha nascido na época).

7. No More No More: Depois da "trilogia super vibrante" anterior, está na hora de diminuir um pouco o peso. Aí, entra em cena um violão. Então, temos aí uma balada? Não mesmo! É uma música de batida agitada, e tem o espírito rock 'n' roll bem presente (tendo seu auge no solo de guitarra no final), que a todo momento ameaça ficar mais melosa, mas nunca chega a esse ponto. Certamente isso vai decepcionar quem adora lindas melodias ao som de um violão, mas vai fazer os apreciadores do rock continuarem dançando sem parar.

8. Round And Round: Hora de inverter os papés. Sai a agitação das faixas anteriores, mas entra uma das guitarras mais pesadas e com atitude do álbum. Essa é a típica "faixa pesadona". Música com melodia "satânica" para balançar a cabeça, do mesmo jeito que se faz ao ouvir a maioria das músicas do Black Sabbath. Mais um belo ítem da "caixinha de surpresas".

9. You See Me Cryin': Balada? Sim, claro, por que não? Depois da alta dose de bom rock proporcionada por esse álbum, chegou a hora de descansar ao som dessa belíssima música, que ainda traz pianos e uma bela orquestra de fundo. O mais engraçado é que essa música quase não é lembrada, mas foi a primeira balada da banda no estilo que, anos depois, se tornou sua "fórmula de sucesso fácil". Coisas da vida...

OBS. final: Apesar deste álbum ser um grande clássico, felizmente o valor acabou caindo bastante em qualquer loja na esquina. Então, caso você tenha 20 verdinhas na mão (no máximo!), corra já e garanta sua cópia. E se possível, adquira também quase todos os outros álbuns do Aero dos anos 70 e 80, que também podem ser encontrados por preços generosos atualmente. Você ainda está aí? ;)

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelos comentários sobre as músicas do álbum Toys in the attic, bastante coerente. Eu como fã da banda não poderia deixar de incentivá-lo a falar sobre os outros discos também, que tal o Rocks ou Done with Mirrors.