sexta-feira, outubro 31, 2014

[Álbum] Kings & Queens of the Underground (Billy Idol)

OBS. (2024): O texto abaixo representa apenas as minhas percepções iniciais sobre música.
Confiram meus materiais posteriores, nos links do menu desse blog. Obrigado!

⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠


Conhecido no Brasil como "o cara que canta 'Eyes Without A Face' e 'Dancing With Myself'", ou "o cara que influenciou todos os trejeitos do Supla", o britânico Billy Idol na verdade é dono de uma carreira bem interessante, que nos trouxe álbuns clássicos do pós-punk e new wave como "Billy Idol" (1982) e "Rebel Yell" (1983). Em 2014, o querido pioneiro do "punk de boutique" lançou seu sétimo álbum: "Kings & Queens of the Underground".

Imagino que um fã do Billy Idol sinta um tom de deboche no termo supracitado, mas a real é que o Billy sempre pareceu ostentar tal título com uma boa dose de estilo (processado, de forma bem humorada, a partir da sua própria cafonice) e uma curiosa qualidade musical. Já em seu novo álbum, o cantor seguiu pelo caminho da seriedade, letras introspectivas e excesso de baladas. O resultado? Algo bem próximo de uma tragédia épica!

Logo na canção "Bitter Pill", com sua produção mais enfeitada do que cadela shitzu de madame, percebemos que estamos prestes a embarcar numa viagem que, sem o perdão do trocadilho com o próprio título da música, será como tomar uma pílula bastante amarga. Já o single "Can't Break Me Down" começa com um ritmo pulsante promissor, para então mostrar os perigos de se misturar punk rock eletrônico com uma essência à la Imagine Dragons.

Outro ponto negativo se encontra na inesperada sequência de cinco baladas (minha nossa, quem arrumou essa lista?) que começa com a brega faixa-título do álbum, passa por canções descartáveis como "Eyes Wide Shut" e "Ghosts in My Guitar" (devemos levar esse título a sério?) e termina com a razoável e singela "Love and Glory". Se algum ouvinte não achar essa sequência mais lenta do que lesma em 'slow motion', sugiro que este abandone o rock.

E para não dizer que não falei das flores, temos como destaque o rock 'flutuante' "Save Me Now", além do petardo agressivo "Postcards from the Past" - que nos remete aos melhores singles do Billy Idol, como "Rebel Yell" e "Scream". Já o semi-hardcore 'perfumado' "Whiskey and Pills" (que vício em pílulas é esse, meu caro Idol?) é bacaninha mas desperdiça uma boa chance de encerrar o disco com um "algo mais" que ressoe em nossas cabeças...

Concluindo, "Kings & Queens of the Underground" é um trabalho confuso - por ser roqueiro e baladeiro ao mesmo tempo -, pouco inspirado, desnecessariamente sério, e que traz como "fator diversão" apenas o abrangente trabalho do ótimo - e inseparável - guitarrista Steve Stevens. Os apreciadores do Billy Idol de outrora continuarão esperando por um trabalho que soe mais digerível do que essa pequena "pílula amarga"...

Nota: 3


Músicas:
1. Bitter Pill
2. Can't Break Me Down
3. Save Me Now
4. One Breath Away     
5. Postcards from the Past
6. Kings & Queens of the Underground
7. Eyes Wide Shut
8. Ghosts in My Guitar    
9. Nothing to Fear   
10. Love and Glory
11. Whiskey and Pills

Nenhum comentário: