OBS. (2024): após mudanças de visões, passei a opinar em outros veículos. Cliquem aqui. Grato!
⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠
Conhecido no Brasil como "o cara que canta 'Eyes Without A Face' e 'Dancing With Myself'", ou "o cara que influenciou todos os trejeitos do Supla", o britânico Billy Idol na verdade é dono de uma carreira bem interessante, que nos trouxe álbuns clássicos do pós-punk e new wave como "Billy Idol" (1982) e "Rebel Yell" (1983). Em 2014, o querido pioneiro do "punk de boutique" lançou seu sétimo álbum: "Kings & Queens of the Underground".
Imagino que um fã do Billy Idol sinta um tom de deboche no termo supracitado, mas a real é que o Billy sempre pareceu ostentar tal título com uma boa dose de estilo (processado, de forma bem humorada, a partir da sua própria cafonice) e uma curiosa qualidade musical. Já em seu novo álbum, o cantor seguiu pelo caminho da seriedade, letras introspectivas e excesso de baladas. O resultado? Algo bem próximo de uma tragédia épica!
Logo na canção "Bitter Pill", com sua produção mais enfeitada do que cadela shitzu de madame, percebemos que estamos prestes a embarcar numa viagem que, sem o perdão do trocadilho com o próprio título da música, será como tomar uma pílula bastante amarga. Já o single "Can't Break Me Down" começa com um ritmo pulsante promissor, para então mostrar os perigos de se misturar punk rock eletrônico com uma essência à la Imagine Dragons.
Outro ponto negativo se encontra na inesperada sequência de cinco baladas (minha nossa, quem arrumou essa lista?) que começa com a brega faixa-título do álbum, passa por canções descartáveis como "Eyes Wide Shut" e "Ghosts in My Guitar" (devemos levar esse título a sério?) e termina com a razoável e singela "Love and Glory". Se algum ouvinte não achar essa sequência mais lenta do que lesma em 'slow motion', sugiro que este abandone o rock.
E para não dizer que não falei das flores, temos como destaque o rock 'flutuante' "Save Me Now", além do petardo agressivo "Postcards from the Past" - que nos remete aos melhores singles do Billy Idol, como "Rebel Yell" e "Scream". Já o semi-hardcore 'perfumado' "Whiskey and Pills" (que vício em pílulas é esse, meu caro Idol?) é bacaninha mas desperdiça uma boa chance de encerrar o disco com um "algo mais" que ressoe em nossas cabeças...
Concluindo, "Kings & Queens of the Underground" é um trabalho confuso - por ser roqueiro e baladeiro ao mesmo tempo -, pouco inspirado, desnecessariamente sério, e que traz como "fator diversão" apenas o abrangente trabalho do ótimo - e inseparável - guitarrista Steve Stevens. Os apreciadores do Billy Idol de outrora continuarão esperando por um trabalho que soe mais digerível do que essa pequena "pílula amarga"...
Nota: 3
Músicas:
1. Bitter Pill
2. Can't Break Me Down
3. Save Me Now
4. One Breath Away
5. Postcards from the Past
6. Kings & Queens of the Underground
7. Eyes Wide Shut
8. Ghosts in My Guitar
9. Nothing to Fear
10. Love and Glory
11. Whiskey and Pills
2. Can't Break Me Down
3. Save Me Now
4. One Breath Away
5. Postcards from the Past
6. Kings & Queens of the Underground
7. Eyes Wide Shut
8. Ghosts in My Guitar
9. Nothing to Fear
10. Love and Glory
11. Whiskey and Pills
Nenhum comentário:
Postar um comentário