OBS. (2024): O texto abaixo representa apenas as minhas percepções iniciais sobre música.
Confiram meus materiais posteriores, nos links do menu desse blog. Obrigado!
Confiram meus materiais posteriores, nos links do menu desse blog. Obrigado!
⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠ ⚠
Os galeses do Manic Street Preachers sempre estiveram às margens do
sucesso no cenário do rock britânico dos anos 90 e 2000's, sempre
lançando álbuns diferenciados entre si, mas nunca atingindo algo mais do
que um status 'cult' - o que ocorreu após o lançamento do exemplar de
pós-punk "The Holy Bible" (1994) e da pérola de britpop "Everything Must
Go" (1996). De forma incansável, a banda ousa mais uma vez, tanto em
termos de som quanto em termos de letras, em "Futurology" (2014), seu
novo álbum.
Funcionando como uma pseudo-continuação do mediano
"Rewind the Film" (2013), o qual chocou o mundo com uma sonoridade
semi-acústica que causou uma reação emocional indiferente às suas
músicas, temos aqui um trabalho mais emaranhado, elétrico - e por vezes
eletrônico -, com algumas das melhores canções compostas por James Dean
Bradfield (voz e guitarra), Nicky Wire (baixo e extravagâncias visuais) e
Sean Moore (bateria).
Faixas como o singelo rock "Futurology" e o
ecoante e bem sacado single "Walk Me to the Bridge" indicam um caminho
que remete ao dream pop dos anos 90, com guitarras sutis, melodias
harmoniosas e bateria "dançante" na medida certa. E baladas como a
etérea "Divine Youth" e as eletro-indies "Black Square" e "Between the
Clock and the Bed" funcionam como bons momentos de descanso em um álbum
que, felizmente, é dominado por faixas mais dinâmicas e/ou agitadas.
E
os pontos altos do álbum ficam por conta da sensacional "The Next Jet
to Leave Moscow", um rock ao mesmo tempo energético e comovente, e dos
divertidos rocks eletrônicos "Europa Geht Durch Mich" e "Sex, Power,
Love and Money", além de duas surpresas instrumentais inspiradas:
"Dreaming a City (Hughesovka)" e "Mayakovsky". Já os pontos fracos ficam
por conta da repetitiva e forçada "Let's Go to War", e da chata "The
View from Stow Hill".
Ok, muito se falou aqui sobre os bons
arranjos e a esperta produção do álbum, mas o que podemos dizer sobre as
letras, que sempre foram um dos fortes da banda em seus álbuns
anteriores? Em suma, suas críticas a questões políticas e sociais
diversas continuam firmes e fortes, com uma veia irônica e elegante que a
banda nunca deixou de exibir - e esperamos que continuem a exibi-la até
o fim de suas atividades. E se este humilde resenhista corre o risco de
parecer evasivo em relação às belas letras da banda, pode ter certeza
de que o faço para que o leitor venha a conferir cada uma delas por
conta própria...
Em sua eterna ode à mutação musical, os "Manics"
(como são carinhosamente chamados) também nos lembram de sentimentos e
"pendências" críticas que não devem passar em branco, ainda mais nessa
era de artistas superficiais ou pretensiosos. Sem o perdão do
trocadilho, o fato é que "Futurology" representa mais um passo do trio
rumo a um bom futuro, tanto para eles mesmos quanto para os poucos
ouvintes que ainda prestam atenção à sua música.
Nota: 8
Músicas:
1. Futurology
2. Walk Me to the Bridge
3. Let's Go to War
4. The Next Jet to Leave Moscow
5. Europa Geht Durch Mich
6. Divine Youth
7. Sex, Power, Love and Money
8. Dreaming a City (Hughesovka)
9. Black Square
10. Between the Clock and the Bed
11. Misguided Missile
12. The View from Stow Hill
13. Mayakovsky
Nenhum comentário:
Postar um comentário